O Jornal do Comércio de Marília
Cheguei a Marília num domingo, 5 de janeiro de 1969. Viajei de trem. O trem era o melhor meio de transporte terrestre na época. Se hoje, novembro de 2006, nossas estradas são ruins, imagine há 37 anos. Viajar pelas estradas da região de Adamantina era pior do que andar no terrão onde eu jogava futebol quando menino, lá pelos idos de 1958, 59, 60. De trem era divertido, porque a gente andava pelos vagões e se sentia livre. Eu tinha 19 anos quando cheguei a Marília. Minhas primeiras noites eu passei no hotel do Arlindo, na Rua 9 de Julho, ao lado do Jornal do Comércio. Arlindo era um sujeito alegre e divertia todos os hóspedes, que eram mais amigos do que hóspedes. Com tristeza, menos de uma semana depois tive que me mudar para a Pensão São Bento, também Rua 9 de Julho, entre a São Luiz e a XV de Novembro. Foi por questões econômicas. Senti a diferença. Passei a morar num quartinho minúsculo, na parte externa da pensão. Tinha cama