De volta a Campinas, contra minha vontade
Claro que eu esperava ficar em São Paulo após as férias dos repórteres João Prado de Almeida Pacheco, o ‘Pradão’, e Reginaldo Leme, o ‘Alfacinha’. Mas, não foi isso que aconteceu. Fui obrigado a voltar a Campinas e lá trabalhar mais um mês, abril de 1971, morando de novo na casa de família da Rua da Conceição. Eu gostava de trabalhar em Campinas, mesmo tendo uma jornada diária muito longa. Mas eu sempre me lembrava que meu objetivo principal era ser repórter na sede do Estadão, na Capital. Além de querer muito vir pra São Paulo, eu temia ter outros atritos com o chefão Raul Martins Bastos, exatamente o homem que me admitiu no Estadão. Sempre fui adepto e admirador da paz, mas no inicio do meu terceiro mês de Campinas, em janeiro de 1971, não suportei a falta de pagamento e chiei. Chiei de uma maneira até deselegante, reconheço, porque o chefe dos correspondentes do Estadão havia me dito que eu ganharia o meu salário de Marília mais o valor que era pago ao repórter de Camp