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Mostrando postagens de maio, 2012

O Diário de Notícias do Rio de Janeiro

O Diário de Notícias do Rio de Janeiro é uma daquelas páginas que eu gostaria de arrancar do caderno da minha história. Mas, história é história; não dá para apagar; fica pra sempre. Faz tanto tempo que eu trabalhei para o falecido Diário de Notícias, que o Rio de Janeiro ainda era capital do Estado da Guanabara. Fui registrado “Repórter” do Diário de Notícias no dia 2 de julho de 1973. Meu salário era de “Cr$ 1.722,00 (hum mil e setecentos e vinte e dois cruzeiros) mensais”, conforme registro existente na página 11 da minha primeira carteira profissional. Na época, eu ganhava R$ 2.062,00 por mês no Estadão. Eu entrava cedinho no Estadão, na Rua Major Quedinho, 28, e lá ficava até o meio da tarde. Por volta das 15 horas, saia do Estadão e corria para a Rua 7 de Abril, quase esquina com a Praça da República. A sucursal do Diário de Notícias ficava no prédio da revista Visão, dirigida pelo então futuro ministro das Comunicações, Said Farhat. No Diário de Notícias eu ficava até

Do Esporte para a Geral, sempre pelo Estadão

Um dia a cobertura de esportes perdeu a graça pra mim. Eu queria participar das grandes coberturas, mas não tinha oportunidade. Eu desejava estar no dia a dia do Corinthians, mas não podia por ser torcedor do Timão. Nos outros grandes times também não tinha chance porque eles representavam cadeiras cativas de outros repórteres. O mesmo ocorria em relação aos esportes nobres. Enfim, eu queria ir à Copa do Mundo, aos GPs de Fórmula 1, aos GPs de Tênis, mas vi que isto seria impossível enquanto não reunisse condições de ocupar o lugar de um dos ‘cardeais’. Por tudo isto, juntei a minha vontade com a do colega Tuca Pereira de Queiroz, um repórter esportivo por excelência, deslocado para a Reportagem Geral por questões políticas. Falamos com os respectivos chefes e trocamos de editoria. Fui trabalhar diretamente com o Mestre Eduardo Martins, que ocupava a chefia de Reportagem, e com o sub-chefe Silvio Sérgio Sanvito. A partir de então eu conheci o Brasil quase t

São Paulo, finalmente.

Cheguei a São Paulo em maio de 1971 como repórter da editoria de Esportes. O chefe era Ludenbergue Teixeira de Góes e os imediatos dele Clóvis Rossi, Ricardo Kotscho e Luiz Carlos Ramos, o ‘Barriguinha’. Na equipe se destacavam ainda repórteres como Ney Craveiro, Reginaldo Leme, João Prado, Darci Higobassi, Ewerton Capri Freire, Paulo Moledo de Aquino e Milton José de Oliveira. Todos me deram o maior apoio. Kotscho, por exemplo, foi responsável pela minha primeira viagem de longa distancia e de avião. Depois de muita insistência, ele convenceu Góes a me mandar pra Brasília, onde seria disputado o Mundial Feminino de Basquete. Cheguei à Capital Federal com uma malinha tão simples, que o recepcionista do Hotel Nacional não acreditou que eu era o repórter em nome de quem o Estadão havia feito reserva. Comigo, como enviado especial do Jornal da Tarde, viajou um ‘foca’ que viria a fazer muito sucesso no Brasil e no exterior: Paulo Moreira Leite, o ‘Paulinho’, que em 2005 foi