A COMUNIC e meu próprio emprego
A COMUNIC surgiu da minha
vontade de nunca mais ter patrão e graças ao apoio da minha Sueli e de quatro
Amigos: José Luiz da Silva (meu colega na Secretaria da Agricultura e na A. A.
Comunicações), Aluízio José de Freitas e o sócio dele Carlos Blanco Fernandez
(donos da Grafic Publicidade e Propaganda) mais o inesquecível Paulo de
Mendonça Bastos, na época diretor de Comunicações da Heublein do Brasil.
Aluízio e Carlos eram gratos
a mim porque consegui a publicação de algumas notinhas sobre a Grafic em jornais
como o Estadão e a Gazeta Mercantil.
Aproveitei para pedir que
eles me cedessem uma sala, por menor que fosse, nas dependências da agência, na
esquina das ruas Francisco Cruz e Domingos de Moraes, na Vila Mariana, zona sul
da Capital paulista.
Eles concordaram mas me
propuseram algo maior: alugar um sobrado ao lado da gráfica que tinham na Rua
Dr. Diogo de Faria, na Vila Clementino.
Eu tremi nas bases, disse que
era muito arriscado, mas eles me convenceram quando garantiram que no primeiro
ano as despesas ficariam por conta deles.
Foi um período difícil para
mim e Sueli, porque eu não tinha coragem de pedir a eles dinheiro para as
despesas particulares.
Por consequência, fomos
comendo, pouco a pouco, o dinheiro que eu havia recebido de indenização e FGTS
ao sair da A. A.
Em setembro de 1980, cansados
de pagar aluguel pela COMUNIC, mudamos para o segundo andar do prédio da
Grafic, na Rua Domingos de Moraes, 1921.
Em dezembro, após longa
conversa com a Sueli, pedi uma reunião com Aluízio e José Luiz e anunciei que a
COMUNIC só teria futuro se a sociedade fosse desfeita.
Apresentei duas alternativas
a eles: 1ª) eu saia e eles tocavam a empresa ou 2ª) eles saiam e deixavam tudo
comigo.
Aluízio tomou a iniciativa de
escolher a segunda opção. Disse que a COMUNIC havia sido idealizada por mim e
que sem a minha presença a empresa acabaria.
José Luiz concordou no ato e
ambos deixaram a sociedade para mim, que de imediato coloquei a Sueli como
minha sócia.
Nunca mais tivemos problemas
financeiros.
Logo a empresa cresceu e
mudamos para o 5º andar do prédio de número 254 da mesma Domingos de Moraes.
De lá fomos para um sobrado
que eu e Sueli compramos a duras penas na Rua Machado de Assis, 702, na
Aclimação, e que até hoje é nosso.
Em 1992, eu deixei de dar
tempo integral na COMUNIC para me dividir com a Associação Comercial de São
Paulo (até 1994), com o Grupo Folha de S. Paulo (até 1996), com o Grupo JB (por
mais um ano), com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (por 5 anos e 45
dias), com o jornal O Estado de MS (por seis meses, do fim de 2004 ao início de
2005), com a TV Morena (por um mês) e com o Comércio da Franca (por 14 meses,
em 2005 e 2006).
Durante esse tempo todo, o
comando da COMUNIC esteve (e está até hoje) nas mãos da minha inseparável
Sueli.
Cláudio Amaral
30/7/2008 18:56:59 em São Paulo e 30/07/2012 20:57:08
(em Ashburn Village, Virgínia, EUA)
Pai,
ResponderExcluiro empreendedorismo está no nosso sangue, herdei isso de você, das lições de vida que esta sua experiência me transmitiu. Estes valores não se aprende na escola, infelizmente.
Agora estou passando por esta fase difícil, pela qual você já passou, que tantas vezes ouvi você me contar.
Fazer um negócio dar certo é um desafio enorme, e só Deus está vendo quanto esforço já fiz pelo meu.
Queria que você nos contasse o segredo de tanta força de vontade e perseverança, como fazemos para encontrar a luz no fim do túnel?
Te amo muito, Meu Pai!
Flávio.
Flávio, meu filho querido, bom dia.
ResponderExcluirVindo de você, este depoimento me alegra, me emociona, me..., me..., me deixa muito orgulhoso de seu Pai e, principalmente, seu Amigo.
Que Deus te ilumine sempre e te dê forças para seguir nessa luta, às vezes ingrata e até parecendo inglória, mas que um dia (e espero que seja nos próximos dias) você irá olhar para trás, como eu estou olhando hoje, e sentir muita Felicidade.
Te conto, sim, pessoalmente, tudo o que me moveu nesta caminhada de fé e esperança. Aguarde-me na volta ao nosso querido Brasil, dia 25 de setembro de 2012.
Também te amo Meu Filho.
Abraços, força, força para continuar lutando e par vencer, sempre.
Seu Pai
Flávio: a luz no fim do túnel? Não, a luz não está no fim do túnel, não. Ela está ao alcance dos nossos olhos. Bem na nossa cara. Seja persistente, perseverante... e você também conhecerá o sabor do sucesso.
ResponderExcluirComo dizem as pessoas com quem tenho convivido aqui em Ashburn, nos EUA: go ahead (vá em frente).
Saudades,
Seu Pai
Claudio, fiz a pergunta e ja tenho a resposta. Que bela, maravilhosa surpresa. Quando voltar, vou querer ver voces. Beijos muitos na Sueli. Vou ler tudo, depois comento. Abracos.
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