A A.A. Comunicações do Amigo Meninão
Deixei a chefia da Assessoria
de Divulgação da Secretaria da Agricultura porque não conseguia me entender com
o chefe de Gabinete do secretário Pedro Tassinari Filho.
Tassinari sempre disse gostar
do meu trabalho, mas Roberto Cano de Arruda, não.
Ele tinha a ambição de ser
secretário e, por consequência, queria aparecer na imprensa.
Acontece que ele nunca me
disse isso.
Se tivesse dito, eu teria
dado um jeito.
Ao pedir demissão e deixar a
Agricultura, contra a vontade taxativa de Tassinari, fui dar satisfações ao
coronel Armon e ao jornalista Isidro Barioni, que comandavam a área de
comunicação do Governo Paulo Egydio.
Imediatamente, eles me
convidaram para reforçar a equipe baseada no Palácio dos Bandeirantes.
Eu, entretanto, estava cheio
da burocracia estatal e queria voltar para a iniciativa privada.
Agradeci, me declarei honrado
com o convite e fui embora.
Fui procurar meu Amigo
Meninão, dono da A. A. Comunicações, na Rua Martinico Prado, em Higienópolis,
na região central da Capital paulista.
Tão logo me viu na recepção,
Meninão me chamou para conversar e me fez uma proposta.
Ele queria que eu fosse o
gerente de Atendimento da empresa, comandando uma equipe de seis jornalistas.
Recusei, mas não encerrei o
assunto.
Propus que Meninão me contratasse
como gerente geral e colocasse a empresa sob minha responsabilidade.
Ele topou na hora.
Acertamos salário mais 5% de
comissão sobre o faturamento bruto.
Fiquei com ele por dois anos,
ao longo dos quais tirei a empresa do prejuízo em seis meses, quitei todas as
dívidas em um ano e permiti que Meninão voltasse a contar com o dinheiro da A.
A. a partir do início do segundo ano.
Infelizmente, quando o meu
contrato de dois anos estava para terminar, ele foi avisado que sofria de
cirrose hepática e que precisava ir operar nos Estados Unidos.
Com dez mil dólares doados
por Amigos como Fabrizio Fasano, Meninão foi e ficou dois meses nos States.
Voltou debilitado e morreu no
dia 5 de agosto de 1978, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Naquela data, revoltado com o
tratamento que vinha recebendo da família do irmão mais velho de Meninão, eu já
havia decidido que não continuaria na A. A. e que iria fazer a COMUNIC.
E foi o que fiz a partir do
dia 21 de agosto de 1978, com a certeza da consciência tranquila e muita fé em
Deus, que certamente me amparou naquela decisão.
Ele e minha família.
Cláudio Amaral
13/6/2008 17:57:47 e 12/06/2012
10:35:05 (em Ashburn Village, Virgínia, EUA)
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